(...) A estrutura socioeconómica do capitalismo monopolista é a determinante da exploração dos trabalhadores e da maioria esmagadora da população, da degradação da situação social, da ausência de uma política cultural democrática, da limitação às liberdades e direitos dos cidadãos e das medidas de violenta repressão. No tempo do fascismo como actualmente.
Negar, ocultar, ignorar ou omitir esta realidade objectiva da economia capitalista é criar fortes ilusões e deixar terreno mais livre à consolidação e mesmo institucionalização em termos constitucionais do poder económico e político efectivo do capital financeiro, dos grandes grupos económicos, das transnacionais.
A actual restauração do capitalismo monopolista e do poder dos monopólios (uma vez mais associados em posição de subalternidade ao capital estrangeiro) e dos latifundiários não encerra porém a história. O futuro de Portugal democrático e independente exigirá que tal estrutura não se solidifique, sofra limitações, seja combatida e seja finalmente superada e substituída.(...)
(Trechos do prefácio de Álvaro Cunhal para o I volume da edição dos materiais do IV Congresso do PCP, da parte intitulada "A estrutura socioeconómica determinante da política do poder", publicados em "O Militante", Nº 283 - Jul/Ago 2006.)
(Trechos do prefácio de Álvaro Cunhal para o I volume da edição dos materiais do IV Congresso do PCP, da parte intitulada "A estrutura socioeconómica determinante da política do poder", publicados em "O Militante", Nº 283 - Jul/Ago 2006.)