SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

domingo, 15 de maio de 2022

As Malhas que o Império tece

Nós europeus, para onde caminhamos, feitos zombies à beira do precipício de uma nova guerra mundial que por ser nuclear se apresenta como a última para toda a Humanidade? Porquê o discurso da guerra e da confrontação entre os povos volta a ser dominante entre as (pseudo) élites de todo o mundo dito "ocidental" - leia-se capitalista neoliberal, EUA/Canadá/UE/Japão/Austrália/etc.? 

A resposta mais lógica é porque os mandantes do Grande Reserte sentem que a nova atitude geoestratégica sino-russa está a colocar em causa o seu domínio globalizante, apressando o surgimento de um novo ordenamento multipolar das nações, libertas da tutela/submissão ao Grande Irmão militar/ imperialista. E isto está a gerar o pavor em toda a comunidade capitalista submissa, pavor de classe que explica a posição, aparentemente ilógica, de adesão à agressiva Nato de umas Finlândia e Suécia que tudo teriam a ganhar preservando a sua anterior condição de países neutrais. É já a irracionalidade do desespero e da barbárie, antecipando o fim próximo deste mundo em acelerada e drástica mudança, que explica também esta nova fase do unanimismo censório que varre os meios de comunicação/manipulação "ocidentais", assemelhando-se a uma nova idade das trevas no plano civilizacional. 

E o ascenso de forças neonazistas e neofascistas não é mais que a clássica solução do grande capital, hoje global, para travar as lutas dos povos que inevitavelmente se vão alargar e agudizar perante as políticas dominantes de pauperização dos trabalhadores e o esbulho das suas conquistas sociais dos últimos setenta e sete anos, um período histórico iniciado com a Vitória que acabamos de comemorar nestes dias sobre o nazi-fascismo, uma vitória que encerrou um outro anterior período negro vivido na primeira metade do século passado.

Vai ser exigente e doloroso, mas às novas gerações não resta outro caminho que empunhar mais uma vez a bandeira da luta de classes e popular, barrando o avanço aos novos e "democráticos" liberais neofascistas que, nos gabinetes alcatifados destas democracias de pacotilha, vão tramando novos golpes contra as liberdades e contra direitos tão duramente conquistados pelas gerações anteriores.

É imperioso e urgente um novo grito insubmisso, como gritaram aqueles que honramos como imprescindíveis e nos legaram na heróica canção "Acordai!"