SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Greve Geral: Um Direito e Um Dever de Todos

Para os trabalhadores, participar nesta Greve Geral constitui um acto político da maior importância. Fazer a greve e assim contribuir activamente para o seu êxito é, para um trabalhador e de um ponto de vista de classe, simultâneamente um direito e um dever.

Um direito, a afirmar o seu vigoroso "Não!", ao roubo dos salários e pensões de reforma, à violação dos seus direitos (ainda) constitucionais, ao rumo para o desastre a que os poderes políticos - presidente da república, governo, assembleia da república, tribunais - têm conduzido Portugal e os portugueses. Deste modo, aderir e fazer esta GG é afirmar uma posição de combate às políticas que vêm destruindo, há 35 penosos anos o projecto e as aspirações da Democracia de Abril. É lutar consequentemente pelo fim deste regime corrupto, anti-democrático e anti-nacional e exigir um caminho político novo para Portugal, lutar por um novo poder político, exercido e apoiado pelos trabalhadores e por todas as classes e camadas laboriosas e ao seu fundamental serviço. Perante a traição dos banqueiros, da grande burguesia e dos seus serventuários, é afirmar o inalienável e patriótico direito do Povo Português à sua soberania perante o capital transnacional e a sua "troika", o imprescritível direito à independência nacional do seu país.

Um dever, de classe, de unidade e solidariedade entre todos os explorados, perante a miséria crescente que flagela os trabalhadores e a destruição dos seus direitos, conquistados ao longo de gerações de luta, face ao roubo mafioso e à liquidação de empresas e serviços públicos que vão deixando sem protecção social, sem saúde, sem educação, sem habitação digna, sem transportes, sem desporto e sem cultura as gerações velhas e novas. Assim, a adesão à GG é um compromisso de classe irrecusável, irrestrito e indispensável entre todos aqueles que vendem ou já antes venderam a sua força de trabalho, um acto de unidade e solidariedade inter-gerações, passadas, presentes e até vindouras. 





Mas fazer a greve - sempre, mas especialmente nesta GG -, também é um gesto do trabalhador consciente que afirma ainda uma outra importante componente desse acto da sua luta de classe; nesta sociedade de dominação burguesa, é uma poderosa afirmação da dignidade do Trabalho, do seu papel e valor insubstituíveis, uma afirmação da sua imensa superioridade económica, social, moral, humana. Mais uma forte razão para todos e cada um dos trabalhadores portugueses tomarem a decisão certa, justa, valorosa. DIA 24, UNIDOS E ORGANIZADOS, NÃO TRABALHAMOS! 

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