SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Passemos agora ao segundo traço que escolhi deste final de ano, a situação da luta de classes na Grécia.
Na sequência do assassinato pelas forças policiais de um jovem estudante de quinze anos, a 8/12, que fez sair às ruas de Atenas centenas de jovens em acções de protesto durante dias sucessivos e com a participação activa da juventude comunista, no dia 10/12, correspondendo aos apelos do Partido Comunista e do movimento sindical, tem lugar uma das maiores greves gerais realizadas neste país, com grande impacto em numerosos sectores de actividade, e, a 17/12, realizam-se manifestações operárias e populares em 51 cidades e outras localidades gregas, com a participação de dezenas de milhares de manifestantes, em luta contra a directiva do tempo de trabalho da U.E., nessa data em discussão no P.E.. Neste processo de agudização da luta, que decorre sem interrupção ao longo de três semanas, dirigentes sindicais e a direcção do KKE - C.Política, Secretária-Geral e o plenário do CC - apelam veementemente à intensificação e alargamento da luta contra o governo do grande capital, inclusivé com a adopção de medidas de auto-defesa face às actividades provocatórias de grupos esquerdistas e às provocações directas comandadas por serviços do Estado.
Particularmente significativas são as declarações de Aleka Papariga quando, apelando à mobilização de todos os trabalhadores gregos, afirma: "É absolutamente necessário que o nosso país se encha de trabalhadores em luta porque uma tormenta maior está por chegar, pela crise económica e com o pretexto da crise". No Parlamento, o porta-voz do Partido, na sua intervenção, sublinhou que "o povo deve negar-se a pagar a crise" .
Pela oportunidade, merece referência o empenhamento internacionalista do KKE, na denúncia e combate às terroristas e genocidas acções militares do governo sionista israelita contra os palestinianos do gueto da Faixa de Gaza, com a convocação de manifestações para anteontem (30/12), com milhares de participantes, e a decisão de enviar nos próximos dias uma delegação do partido à Palestina, dirigida pela própria Secretária-Geral. (1)

(1) Nota: Que contraste gritante entre esta atitude e as posições oportunistas - e coniventes - do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, perante as agressões que está sofrendo o seu povo.

Sem comentários: