SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Uma notícia editada hoje, por um canal televisivo, afirmava que os recursos financeiros que os estados capitalistas desenvolvidos, para salvarem a economia capitalista global, necessitam injectar nos bancos e grandes grupos monopolistas é trinta (!) vezes aquilo que todos juntos e até agora injectaram, ou seja, qualquer coisa como 30 triliões de dólares. A ofensiva de drenagem das reservas públicas para os bolsos privados prossegue e é assim propagandeada diáriamente pelos "media", visando dar-lhe uma roupagem de prática política digna, indispensável e sem alternativas. Sucedem-se as declarações altisonantes de governantes e economistas vendidos ao capital, afirmando que "o momento é grave" e "exige a união de esforços" de todos. Alguns vão mesmo ao ponto de declarar que a situação não admite hesitações, antes exige "coragem", "determinação e rapidez" nas medidas, como acaba de afirmar o recém-entronizado presidente estado-unidense, Barak Obama, por estes dias ungido como o salvador dos povos do mundo inteiro.
Esta violenta ofensiva político-ideológica do capital imperialista deve ter dos partidos revolucionários a resposta certa, a resposta adequada. Como já anteriormente realizámos, para combater iniciativas anti-operárias e anti-populares, para defender as liberdades, os PC,s têm hoje como tarefa indeclinável lançar vigorosas campanhas políticas contra estas manobras concertadas de esbulho dos recursos dos povos, convocando manifestações e outras acções e lutas de massas, apelando aos trabalhadores para que se mobilizem em defesa dos dinheiros públicos e exigindo a sua aplicação em medidas e políticas sociais - aumento dos salários e pensões, emprego, segurança social, saúde, habitação, educação -, não permitindo que banqueiros e monopolistas, exactamente os directos responsáveis pela crise do seu próprio sistema, ensaquem impunes e cinicamente o dinheiro dos impostos que o fisco vai buscar principalmente aos rendimentos do trabalho, aos assalariados e aos micro e pequenos empresários. De novo se coloca a questão, de agora e de sempre: mais do que interpretar o que se está a passar no mundo, importa intervir para o transformar, partir para o combate ideológico e para a mobilização de grandes acções de protesto e resistência.
Vivemos um período da luta de classes, no plano mundial, capaz de mobilizar e levar a agir em conjunto milhões de trabalhadores, na maioria dos países capitalistas. Poucas vezes se terá verificado, talvez durante décadas, a existência de um factor mobilizador tão unificador da luta da classe operária como o é a presente situação de crise do capitalismo mundial. Seria verdadeiramente um crime se, perante esta situação e as acções que o capital está a desencadear, os partidos operários permanecessem espectantes e sem iniciativa. Tomar a iniciativa, desmascarar corajosamente as manobras do capital, unir na acção a classe operária e os trabalhadores nos seus países, eis uma tarefa na ordem do dia para todos os revolucionários.

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