SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

sábado, 7 de novembro de 2015

Viva a Revolução (bolchevique) de 7 de Novembro de 1917!


Tal como a gesta heróica da classe operária parisiense, em 1871, com a revolucionária criação da Comuna de Paris, menos de meio século depois, nesta data histórica do 7 de Novembro de 1917, tinha lugar a Revolução de Outubro na velha Rússia czarista. De um ponto de vista marxista-leninista, pelo seu carácter transformador da marcha da evolução humana, são os dois maiores acontecimentos na História Mundial dos séculos XIX e XX. Tendo ambos por protagonista maior a classe operária - primeiro a francesa e depois a russa -, à cabeça de grandes movimentos sociais dos explorados contra os seus exploradores, ficaram gravados a fogo nas páginas da luta de classes, luta constante e permanente que constituiu o verdadeiro motor na caminhada da Humanidade para a sua real e completa emancipação.
A Revolução de Outubro, iniciada como todas as revoluções por uma insurreição popular dirigida pela classe operária e o seu partido de classe, com uma direcção bolchevique orientada pelas teses leninistas, rapidamente ganhou o apoio entusiástico do operariado russo que, não obstante amplamente minoritário numa população maioritariamente camponesa, venceu as resistências das classes exploradoras e, com o apoio das classes e camadas exploradas e dominadas pela aristocracia e a grande burguesia russas, operou a maior transformação social e política nunca antes experimentada na vida dos povos, na vida do povo russo imediatamente e depois irradiando como exemplo luminoso para os povos de todos os continentes.


O gatilho que fez deflagrar a revolução bolchevique e garantiu o seu êxito e aprofundamento foi o criador e revolucionário sistema do exercício do poder político pelos sovietes, a nova organização do poder operário e popular com dimensão de massas. "Todo o poder aos Sovietes!", foi a palavra de ordem radical lançada pelo partido de Lenine, iniciando-se com ela a destruição do Estado burguês e o desmantelamento das suas instituições ditas "do direito" e "democráticas", com a sua substituição pelo exercício de um poder simultaneamente representativo e executivo, executante directo dos interesses de classe das classes e camadas até aí exploradas e submetidas aos poderes do Estado burguês. Uma democracia política de massas, amplamente representativa e participada no seu dia a dia por milhões de trabalhadores-cidadãos, segundo as palavras de Lenine mil vezes mais democrática que a mais democrata das democracias parlamentares burguesas.


Defrontando a resistência encarniçada das classes antes dominantes, ganhando o confronto militar que se seguiu, tanto numa cruenta guerra civil como derrotando os exércitos invasores das potências imperialistas da época; duas décadas depois, em imparável processo de construção da nova sociedade socialista, foi capaz de mobilizar o povo e os meios materiais para derrotar o principal e mais forte componente estratégico dos exércitos nazis hitlerianos; deste modo, a nova pátria socialista soviética sobreviveu, consolidou-se e passou a disputar ao imperialismo o papel deste de força hegemónica mundial, alcançando-o e ultrapassando-o nos variados domínios - militar, científico, tecnológico, económico, social, político -, constituindo-se como um exemplo e um estímulo para o combate de classes, inspirando novas revoluções e a criação de novos países socialistas.


A marcha da História, após o desaparecimento das gerações dirigentes de Outubro e a sua substituição, a partir do Krushchev, por dirigentes reformistas e revisionistas, encaminharam a pátria de Lenine para a conciliação de classes, para políticas económicas de restauração do capitalismo mascarado de "socialismo de mercado", para a liquidação do poder popular soviético e sua substituição por uma clique de possidentes oportunistas que se foram progressivamente desmascarando da sua auto-proclamada condição de "comunistas" e isolando crescentemente esse poder "soviético" das massas operárias e trabalhadoras. O golpe dos anticomunistas Gorbatchov e Ieltsine foi a machadada final no socialismo, desarmando as forças comunistas sãs e entregando a rendição do Partido Comunista da União Soviética ao imperialismo, abrindo caminho à contra-revolução e à restauração do sistema capitalista nos diversos países europeus até aí ditos ainda socialistas.
A acção conjugada e ardilosamente construída entre os traidores internos e os inimigos externos, ditou a catástrofe histórica da destruição do campo socialista, deixando o terreno da arena internacional entregue ao restauracionismo neoliberal e neofascista, contra o qual um punhado de países procura ainda resistir, a par com os partidos comunistas que continuam o seu combate em fidelidade aos ensinamentos ideológicos e políticos dos criadores clássicos do Marxismo-Leninismo.
 
Quase a completar-se um século após a grande Revolução de Outubro, formulemos firmes votos que esse Centenário seja cuidadosamente preparado pelos comunistas e venha a ser comemorado com a seriedade revolucionária, o respeito, a dignidade e a relevância que deverá ter. Em tempos tempestuosos e exigentes, marcados pelas deserções e pelos posicionamentos oportunistas de tantos pseudo-comunistas, o combate vitorioso e o exemplo imorredouro de Outubro aí continua vivo e vivificante, iluminando os nossos caminhos para a revolução, rumo ao Socialismo.
Se é uma verdade sem contestação que não basta desejar a revolução para que ela ocorra, é igualmente uma verdade indesmentível que para a realizar é indispensável haver quem acredite no caminho para ela e quem verdadeiramente a queira e tudo faça para concretizá-la. Grande teórico da Revolução, a maior obra do legado de Lenine foi a sua realização prática.

Viva a Grande Revolução de Outubro! Viva o marxismo-leninismo!