SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

sábado, 9 de maio de 2009

Solidários com o seu Povo - A Palestina Vencerá!




Prisioneiro político há mais de 31 anos, o palestiniano Barghouthi detém um triste recorde, como o preso cumprindo actualmente o mais longo período de detenção.




Hoje, 9 de Maio de 2009, o palestino Nael Barghouthi completa 31 anos, 1 mês e cinco dias encarcerado nas prisões israelitas sionistas. Foi preso no dia 4/4/1978 e é hoje o prisioneiro político há mais tempo detido, um chocante recordista mundial no ranking dos prisioneiros políticos, que decerto entrará para o Livro Guiness. Segundo Abd An-Nasser Farawna, especialista palestino em questões que envolvem os prisioneiros políticos, foi preso em 4/4/1978. Barghouthi nasceu em 1957 em Ramallah, região central da Cisjordânia. Foi preso aos 21 anos e sentenciado depois, por um tribunal militar, a prisão perpétua. Já passou mais dez anos de vida preso, do que anos em liberdade.

Neste triste e revoltante recorde, atrás de si ficará outro palestiniano, Sa'id Al-Ataba, também prisioneiro dos sionistas israelitas, que foi libertado no ano passado, depois de passar 31 anos e 26 dias como prisioneiro em Israel.


A Faixa de Gaza e o povo palestiniano que nela vive voltaram esporadicamente a ser notícia na semana passada, ao noticiarem novos bombardeamentos israelias, depois de um silenciamento de meses. De facto, após o "espectáculo" da agressão genocida nas televisões e noutros grandes meios da imprensa chamada ocidental, com bombardeamentos e destruições, bombas de fósforo, corpos mortos pelas ruas e casas arrasadas, feridos e estropiados levados por ambulâncias até aos hospitais, esta média dominante deixou de ter interesse em noticiar sobre este enclave dos territórios da Palestina, e a Faixa de Gaza e os seus habitantes deixaram de ser notícia. E, no entanto, muitas razões teriam esses orgãos de informação para acompanhar o que podemos calcular que se foi e está passando naquele lugar do mundo. Bairros inteiros destruídos e os esforços para a sua reconstrução, milhares de feridos em recuperação, muitos irremediavelmente mutilados, as crianças orfãs que necessitam de amparo, as famílias destroçadas pelo assassinato de seus membros, o trabalho de realojamento dos que perderam casas e haveres, os esforços das autoridades e do povo para conseguirem a difícil normalização das vidas e das actividades, enfim, tanto haveria para noticiar, cobrir, levar ao conhecimento dos outros povos pelo mundo, estimular cadeias de solidariedade e iniciativas humanitárias, etc, etc.

Mas nada disto interessa aos donos e mandantes dos meios de comunicação "globais", pois inevitavelmente prolongaria o desmascaramento e a denúncia dos crimes brutais cometidos pelos militares e pelo governo sionista, o que não seria do agrado dos mandantes imperialistas.


É este mesmo manto de ocultação e silenciamento que cobre a situação dos prisioneiros palestinianos, presos nos cárceres israelitas. Também eles não devem ser notícia, contra todos os justos critérios de isenção e do direito a informar e a ser informado. Nael Barghouthi, detentor de tão desumano recorde, é um dos mais de 11.000 prisioneiros palestinianos nas mãos dos sionistas, sujeitos às piores sevícias e humilhações, impedidos de contactarem com os seus familiares, presos em centros de reclusão que não devem ser muito diferentes do de Abu Ghraib, utilizado pelos militares norte-americanos no Iraque ocupado.

A marcha da História vai-nos impondo a actualização de conceitos como fascismo, nazismo, sionismo, num esforço para os adequar às realidades actuais sem que percam a sua eficácia comunicacional. O que é tudo isto, a repressão, a tortura, as operações de guerra nas terras dos outros, os assassinatos selectivos, os conselheiros em defesa e segurança espalhados aos milhares pelo mundo, em trabalhos sujos de apoio a regimes brutais, o silenciamento da verdade dos factos e a manipulação despudorada das mentes? Como devemos designar e que nomes chamarmos aos responsáveis por estas brutais realidades?


Acabamos há poucos dias de comemorar datas muito importantes, de memória e de luta, para os trabalhadores e para o nosso povo. Lembremos também, solidários, os nossos irmãos palestinianos, aprisionados na sua própria pátria, pelo crime de se baterem pelo direito inalienável do seu povo à sua terra, o direito a viverem livres, independentes e em paz.






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