SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Partido com Paredes de Vidro - Releituras (I)


A vida comprova que nem há «modelos» de revoluções nem «modelos» de socialismo.
Há leis gerais de desenvolvimento social que em toda a parte se verificam. Há características fundamentais (relativas ao modo de produção e às relações de produção) das formações sociais e económicas que se sucedem na história. Num processo universal pelo seu carácter há experiências de validade universal. Mas as particularidades e originalidades das situações e processos, incluindo a influência de factores internacionais, determinam e exigem uma crescente diversidade de soluções para os problemas concretos que em cada país se colocam às forças de transformação social.
Sucede que triunfam revoluções que se teriam de considerar erradas ou impossíveis à luz das experiências conhecidas. E entretanto, do ponto de vista histórico, forçoso é concluir que o caminho foi certo porque se não pode considerar errada uma revolução que triunfa.
Sinal da universalidade do processo de transformação social é o facto (previsto em termos gerais pelos mestres do comunismo) de que a construção do socialismo é empreendida em países onde as relações de produção capitalista estão ainda muito atrasadas, mesmo incipientes, e onde a classe operária apenas desponta como força social.
Um dos acontecimentos mais maravilhosos e surpreendentes do processo revolucionário dos nossos dias é o facto de que povos que se libertaram do jugo colonial e conquistaram a independência se recusam ao desenvolvimento capitalista e, apesar das extraordinárias dificuldades resultantes das estruturas económicas e da composição de classe da sociedade, escolhem resolutamente o caminho do socialismo.
É o homem que, com a sua consciência, a sua acção e a sua luta, determina o curso da história. Os homens são os obreiros das transformações sociais. São os criadores da história. O avanço do processo revolucionário é assegurado pela vontade e a luta das forças revolucionárias.
Embora num processo extraordinariamente irregular e conturbado, pleno de contradições, assinalado por vitórias e por derrotas, esse avanço é não só necessário como inevitável.
Se é erróneo erigir à categoria de leis objectivas experiências de valor temporal ou meras suposições resultantes de uma análise superficial dos fenómenos, constitui um erro basilar negar a existência de leis cientificamente determinadas, que indicam os processos objectivos do desenvolvimento social.
Por isso dizemos que o avanço do processo revolucionário é não só necessário como inevitável.
Necessário e inevitável não apenas porque esse é o desejo e a vontade das forças revolucionárias. Necessário e inevitável porque a luta contra o imperialismo e por uma sociedade nova com novas relações de produção corresponde às leis objectivas da evolução social, leis que, na época actual, conduzem, através da acção humana, através da luta das forças revolucionárias, à passagem da formação social e económica do capitalismo para a formação social e económica do socialismo.
Na época actual, todos os caminhos do progresso social acabarão por conduzir ao socialismo. Esse é o traço distintivo que assinalará na história universal a época que vivemos.

2 comentários:

AF Sturt Silva disse...

Camarada que bom que vc voltou.
Gosto muito de ler seus textos.

Um feliz 2011 ,com muita luta e vitórias em Portugal e no Brasil.

Sturt

Mário Pinto disse...

Encetemos, pois, acompanhados, esse caminho!

Bom ano!