SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Imperialismo – o inimigo n° 1 dos povos e da Humanidade

Um ano decorrido após a posse de Obama como presidente dos EUA, depois de muitas promessas e declarações “politicamente correctas” feitas pelo mandatário de turno, está à vista de todos que a política imperialista estadunidense não só não teve qualquer mudança positiva como até, bem ao contrário das esperanças infundadas que originou, essa política prosseguiu todas as orientações dos presidentes anteriores, agravando-as quanto às actividades de desestabilização de governos e à organização de golpes de estado, a par da realização de mais operações militares de dominação nos países que invadiram e ocuparam, enquanto simultâneamente prosseguem as provocações e a planificação de novas agressões armadas em outros países.
Para desmascaramento dos promotores da laboriosa campanha da “obamamania”, já o discurso de Obama em Oslo, aquando do execrável acto de atribuição do Nobel da Paz e durante o qual usou 42 (!) vezes a palavra "guerra", teria sido mais que suficiente para os mais “distraídos” e “bem-intencionados” abandonarem os seus sonhos dourados de uma “nova era de liberdade e de paz no mundo”. Mas, se dúvidas ainda restassem, no final do ano que agora terminou o envio por Obama para o Afeganistão de dezenas de milhares de militares, para se juntarem ao contingente que já ocupava este martirizado país, foi um duche frio de realidade para que tais crédulos acordassem desses sonhos.



América Latina

Particularmente exemplificativa da política imperialista de agressão e de domínio dos povos por todo o mundo é a situação existente na América Latina, desde há décadas considerada uma colónia dos EUA, o seu “quintal das traseiras” onde tutelou – e ainda tutela -, sob a batuta de uma diplomacia neocolonialista, os povos deste subcontinente.
O recente golpe fascista nas Honduras e as notórias manobras de desestabilização pró-golpistas na Bolívia, na Venezuela e agora mais recentemente também no Paraguai e no Equador; as sete novas bases militares estado-unidenses impostas à Colômbia com o “acordo” assinado pelo seu homem-de-mão, o narcotraficante e fascista Uribe; as ostensivas ingerências nos governos e nas políticas externas da Costa Rica, Panamá, Peru, México; as pressões diplomáticas e militares – mesmo directas e sem disfarce, com a reactivação da IV Frota – sobre todos os restantes países, tudo confirma o carácter neo-imperial da política externa dos EUA e que nada de fundo mudou quanto aos seus desígnios estratégicos de domínio dos povos latino-americanos.


Uma rápida visita histórica à memória das sucessivas intervenções e ingerências imperialistas no subcontinente americano do sul, desde as décadas de cinquenta, sessenta e setenta do século passado, pode ser útil para nos mostrar e confirmar que não há nada de realmente novo na actualidade. Em todas elas, como denominador comum, estão as teorias iniciadas no demente período maccartista e as teses do "inimigo interno", contidas na Doutrina de Segurança Nacional leccionada nos War Colleges, nos quais militares latino-americanos (e de todo o mundo) eram (e ainda são) doutrinados para passarem a agir contra a "ameaça comunista" e onde, inclusive, aprendiam (e aprendem) técnicas de tortura, largamente "testadas" e "aperfeiçoadas" em "teatros de operações" por todo o mundo. Desta época, como exemplo desses teatros de guerra, lembremos a guerra de agressão dos EUA contra o povo vietnamita (depois, também contra os povos cambojano e laociano), iniciada em 1968 e terminada em 1973, com a heróica vitória dos povos daquela martirizada península e a fuga desonrosa dos norte-americanos, registada em imagens que ficaram para a posteridade.

Deste longo e sangrento histórico de golpes militares, de assassinatos de dirigentes políticos patriotas, de criação de milícias fascistas e esquadrões da morte, de infiltração de agentes da CIA, de subvenção financeira de políticos e partidos reaccionários, etc, etc, alinham-se em seguida somente alguns dos acontecimentos mais conhecidos:

-Em 1954, no Paraguai, o general Alfredo Stroessner, com a complacência imperialista, torna-se um percursor dos futuros golpes militares no continente americano, instaurando uma ditadura cuja repressão violenta vai prolongar-se por trinta e cinco longos anos.

-Em 1961, em Cuba, buscando reverter a vitória da revolução cubana que dois anos antes tinha derrubado a ditadura de bordel e casino do seu lacaio Fulgêncio Batista, John Kennedy ordena a invasão de Cuba, com um desembarque militar de mercenários na Baía dos Porcos, invasão que foi corajosamente travada e derrotada pela determinação dos patriotas cubanos, sob a direcção de Fidel.

-Em 1964, no Brasil, o general golpista Castelo Branco, industriado pelo seu amigo Vernon Walters, adido militar dos EUA, dá um golpe que derruba o regime constitucional de João Goulart e instaura uma ditadura fascista que, de general para general, se vai prolongar até 1985. O golpe ocorre a 1 de Abril e a 2 o governo norte-americano reconhece o novo poder golpista. Para garantir o sucesso militar do golpe, além de intensa preparação no interior, os EUA fazem deslocar para o litoral brasileiro 1 porta-aviões ("Forrestal"), 1 transporte de helicópteros, 6 destroiers, 4 petroleiros, 1 navio de carga com 110 toneladas de munições, numa operação cinicamente baptizada de "Brother Sam".
-Em 1965, os EUA invadem militarmente a República Dominicana e sufocam um movimento de jovens militares constitucionalistas que se tinham revoltado exigindo a reposição no poder do presidente eleito, Juan Bosch, que tinha sido derrubado pela oligarquia, com o apoio dos estadounidenses, depois de ter promovido a redistribuição de terras e nacionalizado explorações estrangeiras. Nessa invasão, os EUA envolveram subsidiariamente as ditaduras da região (brasileira, paraguaia, hondurenha), para se darem ares de força multinacional. Como sabemos, para diante não mais abandonaram este expediente.

Perante a intensificação das lutas operárias e democráticas, por mais democracia e por novos direitos sociais, e, face aos avanços populares e progressistas alcançados, na década de setenta os golpes militares "made in USA" multiplicam-se:

-Em 1971, na Bolívia, com o apoio directo dos EUA, o general Hugo Banzer encabeça um golpe que liquida abruptamente o regime democrático de Juan José Torres, um militar democrata que, após se exilar na Argentina, será assassinado em Buenos Aires, pela Operação Condor (1). Em 1978, Banzer foi entretanto derrubado por outro golpe de Estado, dirigido por Juan Pereda Asbún. A Bolívia só deixará de se submeter servilmente aos interesses dos EUA quase trinta anos depois, com a eleição de Evo Morales.

-Em 1972, no Uruguai, Juan Maria Bordaberry, depois de um ano antes se ter feito eleger de forma fraudulenta (um tipo de "eleição nos nossos dias bem exemplificada, na Colômbia, pelo narcotraficante Uribe), instaura uma ditadura, com o apoio dos norte-americanos e com todos os ingredientes das ditaduras: assassina guerrilheiros, fecha o Congresso, proíbe partidos e liquida as liberdades, impõe a censura, aprisiona os opositores e faz mesmo deles cobaias de experiências psiquiátricas. A ditadura irá durar até 1984.

-Em 1973, em 11 de Setembro, no Chile, liquidando violentamente o regime democrático, tem lugar o sanguinário golpe militar fascista encabeçado por Augusto Pinochet, um general inteiramente fiel e serviçal aos interesses e directrizes dos EUA, que derrubou e assassinou Salvador Allende, o presidente querido e eleito pelo seu povo menos de três anos antes. Escarnecendo de todos os direitos humanos, doentiamente anti-comunista, Pinochet mandou fuzilar, mutilar, torturar todos os que tinham acompanhado Salvador Allende na nova caminhada de devolução ao povo de todas as suas riquezas nacionais e dos seus plenos direitos.
Durante dezassete longos e tenebrosos anos, proibindo qualquer tipo de eleições, qualquer acção política que não fosse para louvaminhá-lo, decretando o toque de recolher sempre que algo lhe sugerisse a mais pequena iniciativa da oposição, Pinochet permanece como personagem odienta à frente de um regime fascista dos mais cruéis que a História contemporânea regista, um fascismo totalmente ao serviço do imperialismo estadunidense. Em 1990, pós um plebiscito que perde, afasta-se da presidência do país. Anos mais tarde, a justiça conseguiu fazê-lo responder pelo desaparecimento de 3.197 pessoas, um número manifestamente insuficiente para quantificar os seus hediondos crimes.

-Em 1975, no Perú, o general Francisco Bermudez assume o poder após um golpe, afastando um general democrata e patriota da presidência, Juan Velasco Alvarado (3), cuja principal bandeira era promover uma reforma agrária no país, objectivo contrário aos interesses dos EUA aí instalados. A ditadura de Bermudez vai até ao final da década, quando lhe sucede, através de eleições, Belaúnde Terry, um homem mais da simpatia dos norte-americanos.

-Em 1976, na Argentina, seguindo e aprofundando em ferocidade o "modelo" de golpe no Chile, os militares golpistas general Jorge Videla, do Exército, almirante Emílio Massera, da Marinha, e brigadeiro-general Orlando Agosti, da Força Aérea, ao serviço da oligarquia do agro-negócio e dos banqueiros, com o apoio vergonhoso da Igreja Católica e a activa colaboração da embaixada e serviços estadounidenses, lançam o país num horroroso banho de sangue até aí inimaginável para qualquer ser civilizado, numa metódica e fria aplicação de um plano de extermínio em massa de todos os que ousassem, mesmo que levemente, opor-se à ditadura fascista. Tal esquema contava com 488 centros ilegais de detenção em todo o país, nos quais foram selvaticamente torturados muitos milhares de argentinos. Durante as rusgas e as prisões de militantes de esquerda, os militares sob o comando do almirante Massera e cumprindo as suas ordens, roubavam tudo o que tivesse valor (dinheiro, móveis, quadros, jóias, electrodomésticos) e obrigavam os detidos a assinar declarações de venda das suas casas, bem como documentos idênticos para os seus automóveis que em seguida eram vendidos. Investigações judiciais posteriores calcularam o montante desse festim da ladroagem fascista em 70 milhões de dólares.
Dezenas de milhares de desaparecidos e de mortos, dão afinal sequência aos assassinatos cometidos nos dois últimos anos do peronismo de Estela Peron, a "Isabelita"; com o sarcástico título de Ministro do Bem-Estar Social, José Lopes Rega já antes havia criado o grupo paramilitar fascista conhecido por "Três A" (Aliança Anti-comunista Argentina) que, só entre 1974 e 76, foi responsável por 1.500 mortos.
A ditadura militar argentina, "como é de regra", apressou-se a abrir o país aos capitais estrangeiros predadores que o deixaram, em poucos anos, completamente endividado. Impôs a desindustrialização, fomentando a especulação financeira e reduzindo os salários em 40%, operando uma forçada concentração da riqueza nas mãos das elites, aumentando as importações e agravando enormemente a pobreza.
Na passagem dos anos setenta para os anos oitenta, a política de ingerência "made in USA" vai prosseguir ainda, intervindo activa e criminosamente nos países da América Central e sempre apoiando os contra-revolucionários que actuam a seu soldo. Três exemplos o confirmam:
-Em 1979, em El Salvador, um grupo de jovens oficiais progressistas instala uma Junta Revolucionária de Governo e põe fim à ditadura pró-EUA do general Romero. Em resposta, Ronald Reagan ordena a intensificação dos apoios, em dinheiro e em armas, dos "esquadrões da morte" criados pelo seu lacaio de serviço, major Roberto D'Aubuisson, promovendo uma sangrenta guerra civil no decurso da qual são assassinados milhares de democratas e patriotas. Em 1980, é assassinado o arcebispo Óscar Romero, defensor dos pobres e que vinha denunciando os crimes do major fascista. O período progressista da Junta termina em 1982, com eleições fraudulentas nas quais o partido fascista (Arena) de D'Aubuisson, coligado com outros sectores oligárquicos, inicia um novo período autoritário, sempre com o apoio directo dos EUA.
-Em 1989, no dia 20 de Dezembro, no Panamá, os EUA realizaram a sua maior manobra militar desde a guerra do Vietname para derrubar o governo militar do general Noriega, sob os habituais falsos pretextos de proteger os cidadãos norte-americanos residentes no país e combater o tráfico de drogas. Como tantos outros, Noriega frequentou as academias militares norte-americanas, foi o pivô de um cartel de venda de drogas junto ao governo colombiano e com destino aos EUA. Enquanto obedeceu às ordens de Washington, foi apoiado, inclusive colaborando activamente com a CIA nas acções terroristas contra a revolução nicaraguense; quando se rebelou, querendo recuperar a soberania sobre o Canal, os "marines" entraram em acção. Bombardeamentos maciços sobre os bairros pobres (e mais populosos) da cidade e uma autêntica caça ao homem aos militantes progressistas, originaram o morticínio de mais de 5.000 panamianos. Tendo falhado o plano para o matarem durante os bombardeamentos, os norte-americanos aprisionam Noriega para o julgarem... nos EUA!
-Em 1990, na Nicarágua, depois de anos de actividades de subversão conduzidas pelos grupos mercenários que ficaram conhecidos como os "contra"- grupos organizados e financiados directamente pelo governo de Ronald Reagan -, os EUA impõem a eleição da sua candidata Violeta Chamorro, aglutinadora das forças contra-revolucionárias.
Liquidando um processo revolucionário iniciado pela heróica revolução sandinista de 1979, conduzido pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, que venceu o tenebroso período de Anastácio Somoza, durante o qual foram mortos 40.000 nicaraguenses, para a História ficava um tortuoso rol de infiltrações da CIA, de dissidências na FSLN "fabricadas" pelos agentes do imperialismo, de atentados terroristas, de sabotagens, a imposição de férreo boicote económico, etc.
Três traços são constantes nesta actividade subversiva e terrorista do imperialismo estadunidense: 1) a defesa de interesses económicos monopolistas dos EUA instalados nos países da região, saqueando as suas riquezas e recursos naturais e submetendo os povos respectivos à mais selvática exploração da sua mão-de-obra; 2) uma torrencial campanha anti-comunista, apoiada em poderosos aparelhos e redes de dominação ideológica, visando isolar as forças mais consequentes - comunistas, socialistas, democratas patriotas -, empenhadas na defesa da independência nacional dos seus países e da soberania dos seus povos, do seu direito a escolherem livremente os seus próprios sistemas e regimes políticos; 3) um irrestrito e continuado apoio a todas as ditaduras latino-americanas, em recursos, em armamento, em treino e formação "técnica" dos agentes torcionários, em sustentação diplomática, em propaganda difundida por todo o planeta, branqueando os regimes fascistas oligárquicos e justificando-os como sendo duras inevitabilidades face aos perigos da subversão e da "ameaça comunista".
O longo registo histórico deixado acima, moralmente pesado de se ler, deixa ocultos muitos outros actos e acções criminosas dos regimes fascistas, oligárquicos, autocráticos e anti-democráticos sul-americanos, durante toda a segunda metade do século XX e já nesta primeira década do actual. Mas é mais que suficiente para confirmar que na América Latina - tal como no mundo - por detrás de todos os poderes políticos e governos anti-operários e anti-populares, tal como por detrás de todos os ditadores e violadores sem escrúpulos das mais modestas regras democráticas encontramos sempre, mais à mostra ou mais escondida, a mão mandante do imperialismo. Desde o seu surgimento como sistema de domínio político, económico e militar transnacional do capitalismo, o imperialismo tornou-se o inimigo n° 1 dos povos.

Não alimentemos ilusões: por detrás de declarações mais macias, com as arestas da anterior brutalidade diplomática dos governos norte-americanos hoje buriladas, o que se esconde é um mesmo e inalterado objectivo imperialista de dominação económica e política, para cuja concretização os EUA - na actualidade com Obama, como antes o fizeram com Bush, Clinton, Reagan, e todos os anteriores - não hesitarão em reproduzir golpes gémeos do golpe nas Honduras, se para tal sentirem suficiente e adequadamente fragilizados os novos regimes mais democráticos e progressistas que na América Latina se lhes opõem.
Notas:
(1) Além de estreita colaboração entre os seus serviços secretos e de repressão, a Operação Condor foi a designação atribuída a uma organização criada em 1975 pelas ditaduras militares do Chile, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (e depois estendida à Bolívia e ao Peru) que, sob a supervisão da CIA, tinha por objectivo a entreajuda nas acções de repressão aos seus povos, bem como a promoção de acções de terrorismo de Estado sem fronteiras e nos diversos países (inclusive, em Itália) - perseguir, prender, torturar, assassinar -, acções terroristas dirigidas contra democratas e patriotas no exílio. Diversos assassinatos políticos foram cometidos - frequentemente a tiro, mas também por cartas armadilhadas, por desastres de viação "misteriosos", por ataques cardíacos induzidos com substância letal, etc - vitimando figuras da oposição que se mantinham referências "incómodas" para as ditaduras.
Segundo números divulgados nos chamados "Arquivos do Terror" - um conjunto de documentos revelados em 1992 - o saldo monstruoso destas acções coordenadas chegaria a 50.000 mortos, 30.000 desaparecidos e 400.000 presos.
(2) Antecipando as manobras preparatórias do golpe, Eduard Korry, embaixador dos EUA, em carta ao ex-presidente chileno Eduardo Frey, logo após a eleição de Salvador Allende, escreveu: "Não permitiremos que chegue ao Chile um parafuso, nem uma porca. Enquanto Allende permanecer no poder, faremos tudo ao nosso alcance para condenar o Chile e os chilenos às maiores privações e misérias." Mais arrogantemente claro e directo, confirmando a permanente política de ingerência estadunidense, seria difícil conseguir.
(3) Curiosamente, em todo o período, este general será o único militar de esquerda a encabeçar, em 1968, um golpe militar contra os interesses económicos dos EUA. Propunha um melhor nível de vida para os trabalhadores, a modernização do país numa perspectiva nacionalista e independente. Nacionalizou diversas empresas norte-americanas e opunha-se à dependência do capital estrangeiro. Promoveu uma reforma agrária mas não conseguiu criar as estruturas que permitissem que os camponeses administrassem as suas terras. Sem apoio de forças políticas populares organizadas e actuantes, atacado pelos ex-proprietários expropriados, alvo das manobras do grande capital estrangeiro e da intriga política promovida pelas agências do imperialismo, sete anos após tomar o poder é derrubado pelo golpe de Bermudez.




7 comentários:

Fernando Samuel disse...

Começas bem o ano de 2010<. excelente texto!.

Um abraço.

filipe disse...

Fernando Samuel:

Imperdoavelmente, omiti os casos de El Salvador, Panamá e Nicarágua.
Erro já corrigido, peço-te a ti e aos demais primeiros leitores desculpa por tal lapso. Coisas de principiante...
Um abraço.

Jorge disse...

Belo texto ! assim se revela a História com lucidez e seriedade !

Abraço grande !

Anónimo disse...

Sobre a resistência heróica,valente e vencedora do povo árabe contra o imperialismo nem uma palavra. Sobre a coragem e o enorme espírito de sacrifício que nunca até hoje foi tão longe por nenhum povo nem uma única palavra. Sobre a enorme responsabilidade do imperialismo nos acontecimentos de 11 de Setembro idem, idem. Os revisas são assim, só sabem chorar sobre leite derramado.

filipe disse...

Ao anónimo anterior:

Com um pouco de mais atenção - e seriedade - tinha evitado um comentário totalmente fora do contexto deste post, que é a América Latina.

A CHISPA ! disse...

Caro Filipe
Tem de concordar que o seu artigo é quase uma implacável denuncia da acção criminosa do capitalismo/imperialismo e que este não actua, apenas na América latina, mas sim a uma escala mundial e neste caso, contra os povos Arabes e dado que estes têm sido os que mais BARBARAMENTE têm sofrido essas acções nas últimas décadas,a sua não denúncia, no seu texto não deixa de ser uma LACUNA, No entanto trata-se de um bom texto.

Por outro, venho informá-lo que "achispavermelha.blogspot.com" e "classecontraclasse.blogspot.com" editou dois textos recentemente sobre a luta dos professores, um !Professores:A luta deve continuar" e outro da responsabilidade da CDEP (Comissão de Defesa da Escola Pública e ainda um texto de Karl Marx:Sindicatos e socialismo.
Que gostariamos que lê-se e nos desse a sua opinião ou um simples comentário.
"A CHISPA!"
"CLASSE CONTRA CLASSE!"

Anónimo disse...

Não sabia que criticar um texto negativamente revela falta de seriedade, mas se o autor do artigo em causa olhar bem para o título do texto "IMP. maior inimigop dos povos e da humanidade" reconhece concerteza que os árabes também são povos e pertencem ao mundo humano. Por isso é o título que está fora do contexto e não a minha crítica.
E a propósito da luta anti-imperilista cito uma sucinta passagem de Lenine sobre a Revolução Russa: "A Rússia conheceu pela 1ª vez um movimento revolucionário contra o czarismo em 1825, e este movimento foi quase exclusivamente realizado pela nobreza. Deram provas do maior espírito de sacrifício e o seu heróico método de luta terrorista admirou o mundo inteiro" (Conferência pronunciada em alemão em 22/1/1917 em Zurique numa reunião da juventude operária suíça).