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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Somos Todos Gregos!

Segundo noticia o "Avante!" na edição de hoje, o Secretariado do CC do PCP acaba de enviar uma nota de saudação ao Comité Central do PCGrego onde se lê:  

«No momento em que os trabalhadores e o povo grego, com a decisiva contribuição do Partido Comunista da Grécia (PCG), se encontram empenhados numa luta de grande dimensão de massas e de grande significado e importância política, queremos manifestar-vos a fraternal solidariedade dos comunistas portugueses». Noutro parágrafo dessa mensagem, afirma-se também: «a vossa luta corajosa contra as impiedosas medidas das forças do grande capital constitui um estímulo à luta que em Portugal travamos»

As actuais circunstâncias da luta de classes nos países europeus, submetidos aos desmandos ditatoriais do directório franco-germânico da U.E. - encabeçado pela neofascista Merkel  -, são de um grande grau de exigência. Precisamente porque a ofensiva contra os trabalhadores e os povos atingiu já uma dimensão e grau de gravidade nunca antes verificados, fruto da violenta ofensiva do capitalismo agonizante nesta segunda década do século que será, no tempo histórico, o seu  coveiro. Sendo assim, mais importantes são as manifestações e as provas de solidariedade militante internacionalista entre os destacamentos revolucionários que combatem na mesma linha da frente.

Na nota divulgada pelo KKE após a grande jornada de luta da Greve Geral de 48 horas, há dias realizada pelos trabalhadores gregos, pode ler-se:


"Um mar sem precedentes de centenas de milhares de pessoas participou no majestoso comício de greve do PAME, o qual encheu Atenas de um modo jamais visto nas últimas décadas, no primeiro dia da greve geral de 48 horas à escala nacional. Todas as ruas centrais de Atenas foram cheias num nível sufocante pelas enormes multidões de trabalhadores e durante muitas horas. Comícios maciços e sem precedentes em dimensão e militância tiveram lugar em todas as cidades da Grécia. Estas forças uniram-se de modo a que a proposta de lei com novas medidas anti-povo não fosse votada. As palavras de ordem foram: Abaixo o governo e os partidos da plutocracia, organização e aliança de trabalhadores por toda a parte, solução quanto à questão do poder. O slogan que ressoou no comício foi "Trabalhador, sem ti nenhum dente da engrenagem pode girar, tu podes actuar sem os patrões", "Desobediência à plutocracia", "Povo, uma frente para o poder"(...) "Os grupos provocadores que saltaram fora dos contingentes das organizações sindicais comprometidas do GSEE e da ADEDY procuraram, mais uma vez, criar incidentes encenados. No entanto, eles não conseguiram esconder a enorme dimensão e as exigências do imenso comício da greve, a participação organizada e protegida do povo trabalhador nas manifestações do PAME nas quais não se verificou um único incidente." (publicado por "resistir.info")


Com uma frase frequentemente utilizada quando queremos exprimir a nossa solidariedade com a luta heróica do Povo Palestiniano, costumamos afirmar que "Somos todos Palestinianos!". Tal frase aplica-se hoje, inteiramente, à irrecusável e irrestrita solidariedade de classe de que somos devedores perante a luta igualmente exemplar que travam os camaradas gregos, à frente dos trabalhadores e do seu povo.
Na primeira linha do combate frontal contra o capitalismo no teatro europeu, a luta dos camaradas gregos é também a nossa luta. Os recuos e a decisão do grande capital europeu de "perdoar" (!) metade da dívida da Grécia é fundamentalmente um primeiro resultado da luta renhida e determinada dos camaradas gregos, mobilizando o povo grego na rejeição da ofensiva espoliadora e agressiva das principais potências imperialistas da U.E. e indicando um novo poder dos trabalhadores e do povo como a verdadeira e única solução para derrotarem  aquela ofensiva e todos ultrapassarmos a etapa actual do Capitalismo, orientando a nossa caminhada comum rumo ao Socialismo. Hoje, na Europa, também devemos afirmar: "Somos Todos Gregos!"

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