SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Viva o 1°. de Maio! - Apelo da FSM


Viva o 1° de maio de 2010! Os trabalhadores não pagarão a crise!

Trabalhadoras e trabalhadores:

O período em que vivemos é um período de imperialismo agressivo, novas políticas neoliberais anti-laborais e de crise económica internacional do sistema capitalista. Esta crise manifesta-se em todos os sectores: na economia, no meio ambiente, na qualidade de vida, na cultura e nas mudanças climáticas. As crises estão no DNA do capitalismo e por isso aparecem uma e outra vez. É impossível para o capitalismo resolva os problemas dos povos do mundo.
Basta ver o que acontece em África: um continente rico em recursos naturais, mas com os habitantes mais pobres. A esperança de vida ao nascer na Zâmbia é de 38,6 anos. Na Nigéria, o país mais rico em petróleo em toda a África, três quartos da população são pessoas sem-abrigo. Segundo o relatório da UNICEF de 2010, 42% da população na Nigéria não tem acesso à água potável e a diarreia é a segunda principal causa de morte infantil, originando 17% das mortes em crianças menores de cinco anos. Na Somália, os imperialistas exacerbam conflitos. No Sudão, os E.U. e seus aliados estão tentando desmembrar o país e, no Sara Ocidental, o problema continua. O salário mínimo mensal na África do Sul é de 104 € para os trabalhadores agrícolas, enquanto que no Botswana é de 43 € para os trabalhadores urbanos. O salário mínimo varia de acordo com a ocupação na Costa do Marfim, com o mais baixo de 56 € por mês para o sector industrial.
Na Ásia, o retrato em geral não é melhor: no Iraque, Afeganistão e Paquistão, os E.U. e os imperialistas europeus continuam a sua ocupação e as operações militares. Ameaçam o Irão e as repúblicas da Ásia da antiga União Soviética. Em Bangladesh, o salário base é de US $ 26 por mês, no Sri Lanka US $ 59 e no Paquistão é de US $ 71.
No Médio Oriente, o tormento dos palestinos heróicos, libaneses e sírios, continua. Israel, com o apoio essencial dos E.U., a União Europeia e os seus aliados, continua a ocupar ilegalmente o Golan sírio, mantém Gaza isolada, está assassinando no Líbano, tudo isto ameaçando a estabilidade e a paz no Mediterrâneo Oriental.
Nos E.U.A., a situação também é complicada. O desemprego e a pobreza estão em aumentar, atingindo a taxa de desemprego os 9,7%.
Na América Latina sente-se a agressividade da América do Norte. Calúnias e ataques ocorrem contra a heróica Revolução Cubana, os ataques à Venezuela, à Bolívia e ao Equador, a ocupação do Haiti e o apoio à ditadura nas Honduras. Na Colômbia, nos últimos cinco anos, mais de 210 sindicalistas foram assassinados e o país está se transformando numa base militar dos E.U.A..
Também na Europa, o capitalismo cria e multiplica os problemas. Os trabalhadores desempregados nos países da União Europeia são hoje em dia milhões. As privatizações, os ataques à segurança social, a redução dos salários e das pensões são uma estratégia comum para todos os governos europeus, tanto os neoliberais como os social-democratas. O Tratado de Lisboa mostra a atitude reaccionária e o verdadeiro papel da União Europeia. Em Fevereiro deste ano, 23 milhões de trabalhadores da UE estavam desempregados, como resultado da política de encerramentos e maior sobre-exploração. As maiores taxas de desemprego oficial entre os Estados-Membros são as da Letónia, com 21,7%, e da Espanha, com 19%.


Importantes Lutas
A esta política do capital e dos imperialistas, a classe trabalhadora mundial respondeu com iniciativas e lutas em todo o mundo. Assim, tem traçado novos caminhos na luta de classes, através de iniciativas como as manifestações das crianças no Paquistão contra a exploração infantil, a luta dos professores e electricistas no México, dos pescadores e mineiros do carvão no Chile, dos trabalhadores metalúrgicos no Peru, dos trabalhadores da construção civil, dos trabalhadores imigrantes em França e nos E.U.A., dos trabalhadores dos transportes aéreos e terrestres e da indústria automóvel em muitos países, dos trabalhadores da indústria petrolífera na Nigéria, acções coordenadados trabalhadores no Brasil e no Bangladesh, ou as greves dinâmicas na Grécia, em Portugal e na Turquia.
Com milhões de grevistas, a participação de jovens, mulheres e de trabalhadores imigrantes trouxeram uma nova esperança e uma nova dinâmica. A FSM tem estado sempre na vanguarda! Na frente da batalha. E assim continuará, com unidade da classe e perspectiva de luta. Contra a política dos monopólios e das multinacionais que criam pobreza para a maioria e grandes benefícios para uns poucos.
Camaradas

A FSM escolheu a data simbólica de Maio de 2010 para anunciar a convocação do 16 º Congresso dos Sindicatos, que se realizará nos dias 6 a 9 de Abril de 2011, em Atenas, Grécia. O 16 ° Congresso constituirá um evento sindical e social de grande importância para todos os trabalhadores do mundo.

4 comentários:

Nelson Ricardo disse...

As informações que a FSM dá é a prova de que esta década o Capitalismo poderá vestir a sua face mais bárbara, ao estilo do século XIX.

Mas quanto mais a ofensiva acentuar, mais os trabalhadores forjarão a sua unidade. A existência de organizações como a FSM é altamente positiva, desde que a sua conduta não seja desvirtuada.

CRN disse...

A luta continua.

Como adenda, em Espanha o desemprego já ultrapassou os 20%.


Bom 1º de Maio!

Fernando Samuel disse...

VIVA O 1º DE MAIO DE LUTA!

Um abraço.

Anónimo disse...

Bem podem os trabalhadores europeus e do resto do mundo esperar pelo congresso em 2011. Estas direcções sindicais são mesmo rápidas e eficazes a actuar. Mais uma nódoa negra na história do sindicalismo revisionista.