SÓ NÃO SE ENGANA QUEM CEDE AO MEDO DE CAMINHAR NO DESCONHECIDO - SÓ SE PERDE AQUELE QUE NÃO ESTÁ SEGURO DO RUMO QUE ESCOLHEU.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Apelo da F.S.M. - 7 de Setembro de 2010, Dia Internacional de Luta


A Federação Sindical Mundial (FSM), apela ao movimento sindical e às organizações progressistas em todo o mundo para agirem, e participarem, juntando-se a nós em 7 de Setembro de 2010, Dia Internacional de Acção.


Em 2009-2010, vivemos numa época de crise global do capitalismo. Esta crise é profunda e abrange todas as áreas do sistema: economia, política, sociedade, cultura, meio ambiente, incluindo relacionamentos pessoais dos cidadãos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), está a atacar os países com dívidas públicas e impõe aos governos desses países graves políticas anti-laborais. A esperança dos trabalhadores está na luta, com a participação de jovens, mulheres, imigrantes e indígenas nestas lutas. Na Europa, Ásia, América Latina, os povos manifestam-se nas ruas e reivindicaram.

Hoje, todos entendem que os problemas da crise afetam a todos nós. A crise está em toda parte. Assim, a coordenação da resposta deve ser generalizada. Coordenação e cooperação - o internacionalismo e a solidariedade. Nenhum deve ficar isolado e por conta própria, mas juntos, em todos os países, todos os trabalhadores, os desempregados.
Todos juntos para combater por reivindicações actuais, para satisfazer as necessidades de hoje. Pretendemos, para sair da crise:

• Que os trabalhadores não paguem a crise. Que sejam proibidos os despedimentos.
• Pelo corte dos gastos em equipamentos militares e uso desse dinheiro para os desempregados e os pobres.
• Por medidas imediatas para perdoar a dívida do Terceiro Mundo.
• Por sistemas públicos de saúde e educação, comida e água para todos.
• Por investimento público, para promover a criação de emprego.

Que atendam as necessidades actuais dos trabalhadores. Através de pequenas e grandes batalhas, a classe trabalhadora internacional afirma que o futuro da humanidade somente pode ser drasticamente melhorado com a abolição da exploração do homem pelo homem. Porque o capitalismo não pode ser corrigido!

Vamos unir forças e vozes em manifestações no Dia Internacional de Acção, 7 de Setembro de 2010.

Sindicatos e organizações sociais nos seus respectivos países, regiões e locais devem juntar os seus esforços para responder a este apelo da FSM.

Realizar iniciativas nos locais de trabalho e por ramos de actividade. Em 7 de Setembro, cada sindicato vai escolher a sua forma de luta.

Trabalhadores Unidos no dia 7 de Setembro, o Dia Internacional de Acção!


Secretariado da Acção - FSM

2 comentários:

A CHISPA ! disse...

"Que atendam às necessidades actuais dos trabalhadores.
Através de pequenas e grandes batalhas a classe trabalhadora internacional afirma que o futuro da humanidade sómente pode ser drásticamente melhorado com a abolição da exploração do Homem pelo Homem. Porque o capitalismo não pode ser corrigido."

Por concordar-mos inteiramente com este APELO e com a citação acima transcrita, esperamos que o dia 7 de Setembro, se converta numa enorme jornada de luta efectiva, contra a ofensiva de recuperação capitalista em curso, e que ELEVE a consciência do proletariado europeu, à necessidade de se lutar,por um sistema económico e politico justo para as classes trabalhadoras,ou seja pela ditadura do proletariado e pelo socialismo, rumo ao comunismo.

No entanto já não nos parece que seja esse os objectivos dos dirigentes sindicais em Portugal e muito menos as últimas conclusões da reunião do CC do PCP, quando torna a insistir num conjunto de propostas politicas que vão no sentido de ajudar a burguesia e o capitalismo português,a ultrapassar a crise profunda e de BANCA ROTA em que está atolada. Desde o APOIO ao desenvolvimento da economia e das empresas para que estas possam melhorar a sua capacidade competitiva, passando pela exigência de se criar taxas extraodinárias, para todas as empresas que ultrapassem os 50 milhões de euros (10 milhões de contos) por ano, o que nos leva a pensar que afinal os dirigentes do PCP já não só defendem apenas os pequenos e os médios, mas como também os grandes capitalistas.Ou será que um capitalista que obtenha um lucro abaixo dos 50 milhões de euros ao ano, pode ser considerado pequeno ou mesmo médio capitalista?
Mas o descaramento total na defesa do capitalismo,reside na afirmação que fazem, quando dizem que a actual ofensiva "é uma ofensiva dirigida contra a própria economia nacional". Sendo a economia nacional,uma economia capitalista, ficámos assim a saber que a burguesia capitalista e os seus governos, ATENTAM contra os seus próprios interesses.
Mas para que não se diga que não tiveram os interesses dos trabalhadores em conta,"exigem" um aumento do salário minimo para 600 euros mensais até 2013 e 25 euros para as pensões mais baixas, o que é uma VERGONHA. Será que tiveram antes MEDO que o Estado não tivesse capacidade financeira para suportar tal encargo e que este aumento pudesse contríbuir para o aumento da divída "pública" ou antes deviam basear-se nas necessidades concretas das populações necessitadas? Será que tiveram MEDO que os patrões, que têm lucros acima e abaixo dos tais 50 milhões de euros de lucro por ano,pudessem perder a capacidade concorrêncial, quando se propõe estes MÍSEROS 600 euros e que por esta razão os empregos fossem colocados em causa? Bem, se foi esta a ideia,que presídiu a tal preocupação e se o problema da Direcção do PCP é preservar e criar postos de trabalho para reforçar o crescimento da economia como pretende, então era melhor que proposessem um salário minimo inferior ao dos países concorrentes, pois assim talvês todos os trabalhadores tivessem trabalho !!!
Estas propostas, fazem lembrar a perda de direitos dos trabalhadores da Auto-Europa, propostos por A.Chora,com o argumento de se manter os postos de trabalho.
Não é por acaso que este tipo de conclusões,levem alguns politicos da direita, como Santana Lopes,A.J.Jardim, a própria Igreja, a propôrem um "PACTO SOCIAL" com as forças sindicais e um governo de "Salvação Nacional" aberto ao PCP,na esperança que este possa contêr qualquer possibilidade de crise social e politica, aliás como aconteceu na CRISE REVOLUCIONÀRIA, após o 25 de Abril de 1974.

As conclusões da reunião do CC de 28 de Junho, são uma VERGONHA e RIDICULARIZAM os militantes mais esclarecidos do PCP.

"A CHISPA!" espera que da parte destes, haja uma reacção enérgica, caso contrário, serão tão cúmplices e tão oportunistas como os seus incorrigíveis dirigentes.
Um abraço para si,Filipe
"achispavermelha.blogspot.com"
A CHISPA!

Anónimo disse...

Este apelo constitui mais uma panaceia habitual que o revisionismo lança para superar a crise demolidora que o capitalismo europeu e o imperialismo americano atravessam de forma incontornável. Uma espécie de sedativo a aplicar ao sistema para fazer regressar o período pacífico da luta de classes, (Nestas circunstâncias Lenine traduzia em russo por período opotunista e reaccionário) e normalizar a vida política e social do capitalismo no seu "natural" desenvolvimento. Mais uma forma de luta bem urdida e ineficaz como é usual com as greves e manifestações populistas que enchem os corações de muita gente. A burguesia democrática e o revisionismo moderno são fantáticos a dançar o tango e a dar música...